A intolerância à lactose é uma condição bastante comum que afeta mais de 2 milhões de brasileiros anualmente, sendo considerada a forma mais prevalente de intolerância alimentar em todo o mundo.
Estima-se que atinja cerca de 65% da população global, com números igualmente alarmantes no Brasil, onde dados não oficiais indicam que aproximadamente metade da população possa ser afetada por essa condição.
Essa condição surge quando o organismo não consegue digerir completamente o açúcar presente no leite, conhecido como lactose, resultando em sintomas desconfortáveis após a ingestão de laticínios.
É fundamental entender melhor a intolerância à lactose, desde suas causas até os métodos disponíveis para diagnóstico e tratamento, para oferecer alívio aos pacientes e melhorar sua qualidade de vida.
Neste artigo, exploraremos detalhadamente os aspectos essenciais da intolerância à lactose, incluindo sua definição, sintomas, métodos diagnósticos mais recentes e estratégias recomendadas para tratamento e dieta.
O que é intolerância à lactose?
A intolerância à lactose ocorre devido à deficiência ou ausência de lactase, uma enzima intestinal essencial para quebrar a lactose em açúcares mais simples, facilitando sua absorção pelo intestino.
Adultos devem procurar orientação de um gastroenterologista, enquanto crianças podem ser atendidas por pediatras e nutricionistas.
Sintomas da intolerância à lactose
Os sintomas típicos incluem distensão abdominal, dor, ruídos intestinais, inchaço, gases, refluxo e diarreia. É importante destacar que esses sintomas podem ser confundidos com outras condições, exigindo exames específicos para um diagnóstico preciso.
Causas da intolerância à lactose
Vários fatores podem desencadear a intolerância à lactose, desde condições congênitas até doenças inflamatórias intestinais como a doença de Crohn. A forma mais comum é a deficiência primária, que resulta na redução da produção de lactase.
Diagnóstico da intolerância à lactose
O diagnóstico pode ser feito por meio de diversos exames, como o teste clássico de curva glicêmica, o teste molecular de sangue e saliva, e o teste de hidrogênio expirado, considerado o padrão-ouro.
Testes para intolerância à lactose:
A preparação geralmente envolve jejum e abstenção de atividades físicas prévias.
Intolerância à lactose em bebês: como diagnosticar?
O diagnóstico em bebês pode ser desafiador devido à idade e à dificuldade de comunicação de sintomas. O teste genético é frequentemente utilizado para diagnosticar a condição nessa faixa etária.
O teste envolve a coleta de uma amostra de sangue ou saliva para análise laboratorial, em busca de variantes genéticas associadas à intolerância à lactose. É importante ressaltar que a presença dessas variantes genéticas nem sempre resulta em sintomas clínicos óbvios, devido à maturidade do sistema digestivo do bebê e outros fatores.
Além do teste genético, profissionais de saúde podem observar os sintomas após a alimentação com leite materno ou fórmula contendo lactose, monitorando cuidadosamente os padrões alimentares e sintomas digestivos.
Tratamento e dieta para intolerância à lactose
O tratamento e a dieta desempenham papel crucial no manejo da intolerância à lactose, proporcionando alívio dos sintomas e melhorando a qualidade de vida. Opções medicamentosas estão disponíveis para auxiliar na digestão da lactose, como leites e derivados sem lactose, além de cápsulas de lactase que podem ser tomadas antes de alimentos lácteos.
A dieta deve excluir alimentos lácteos e seus derivados, como queijos, manteiga, chocolates, sorvetes, biscoitos e bolos. Substitutos como leites vegetais (por exemplo, leite de amêndoa, leite de soja) e produtos sem lactose oferecem opções saborosas e nutritivas.
Seguindo uma dieta adequada e considerando as opções medicamentosas, pacientes com intolerância à lactose podem desfrutar de uma dieta variada e equilibrada, minimizando sintomas e mantendo um estilo de vida saudável. Consultar um médico ou nutricionista é essencial para orientações personalizadas e eficazes no manejo dessa condição.
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