O Setembro Amarelo nasceu como um movimento global e ganhou força no Brasil em 2015, organizado pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Os dados são preocupantes: são mais de 700 mil mortes por ano, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e no Brasil, os números também assustam: cerca de 14 mil pessoas tiram a própria vida anualmente, o que equivale a 38 mortes por dia (Ministério da Saúde).
Outro dado impactante: embora as mulheres apresentem mais ideação suicida, os homens são os que mais chegam a termo no ato, utilizando métodos mais letais e buscando menos ajuda profissional. Essas estatísticas não são apenas números — representam famílias, histórias e vínculos interrompidos.
Mais do que uma campanha, é um apelo coletivo para quebrar tabus, abrir espaço para o diálogo e valorizar a vida.
O que é o Setembro Amarelo?
O Setembro Amarelo é a maior campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio. Durante todo o mês de setembro, diversas ações são promovidas em escolas, empresas, hospitais e espaços públicos para estimular a conversa sobre saúde mental. Monumentos e prédios em todo o Brasil e no mundo recebem iluminação amarela como símbolo de apoio à causa.
A ideia principal da campanha é simples, mas poderosa: falar pode salvar vidas. Abrir espaço para o diálogo sem julgamentos é o primeiro passo para que pessoas em sofrimento encontrem acolhimento e busquem ajuda profissional.
Como surgiu o Setembro Amarelo no mundo e no Brasil
A origem do movimento remonta a 1994, nos Estados Unidos, quando Mike Emme, um jovem de apenas 17 anos, cometeu suicídio dirigindo seu Mustang amarelo. No velório, seus amigos e familiares distribuíram fitas amarelas como forma de oferecer apoio a quem pudesse estar em sofrimento. Esse gesto simbólico cresceu e se transformou em um movimento global.
No Brasil, a campanha foi oficializada em 2015 pela ABP e pelo CFM. Desde então, setembro é o mês dedicado à valorização da vida, com o 10 de setembro reconhecido como o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.
Suicídio no Brasil: estatísticas que preocupam
O Brasil registra, em média, 14 mil mortes por suicídio todos os anos. O problema é ainda mais grave entre jovens de 15 a 29 anos, faixa etária na qual o suicídio é a segunda principal causa de morte. Outro dado preocupante é que os índices têm crescido em cidades pequenas e médias, locais onde o acesso a atendimento especializado em saúde mental é mais restrito.
Além disso, a subnotificação é um fator importante: muitos casos não são registrados como suicídio por preconceito ou falta de diagnóstico adequado. Isso significa que os números oficiais provavelmente estão abaixo da realidade.
Suicídio no mundo: uma epidemia silenciosa
De acordo com a OMS, mais de 700 mil pessoas morrem por suicídio a cada ano no planeta. Isso significa que uma vida é perdida a cada 40 segundos. Em muitos países, a falta de serviços de saúde mental e o estigma associado ao tema fazem com que o suicídio seja considerado uma epidemia silenciosa.
Entre jovens de 15 a 29 anos, o suicídio é a quarta principal causa de morte no mundo. Esses dados reforçam que o problema não é isolado e precisa ser tratado como uma prioridade global de saúde pública.
Como identificar sinais de depressão e ansiedade
Reconhecer sinais de sofrimento emocional pode ser a chave para evitar uma tragédia. Pessoas em risco de suicídio frequentemente apresentam mudanças no comportamento, que podem ser sutis, mas reveladoras.
Alguns sinais comuns incluem: isolamento social, alterações no sono, desinteresse por atividades antes prazerosas, frases de desesperança (“não aguento mais”, “queria desaparecer”), falta de energia e aumento do consumo de álcool ou drogas. Quando percebidos, esses indícios devem ser levados a sério e nunca ignorados.
Principais causas do suicídio
O suicídio é um fenômeno complexo e multifatorial, mas alguns fatores aparecem com maior frequência nos estudos clínicos. Entre eles estão:
- Depressão não diagnosticada ou não tratada, considerada o principal fator associado.
- Transtornos de ansiedade graves, que podem gerar pensamentos obsessivos e angústia intensa.
- Dependência química ou uso abusivo de substâncias, incluindo medicamentos.
- Histórico de traumas, abusos ou luto mal elaborado, que fragilizam emocionalmente.
- Falta de rede de apoio social e familiar, que aumenta a sensação de abandono e desesperança.
A prevenção, portanto, passa por um olhar integral para a saúde mental, envolvendo aspectos médicos, psicológicos e sociais.
A importância do auxílio médico e psicossocial
Buscar ajuda profissional é fundamental para quem sofre com sintomas de depressão, ansiedade ou pensamentos suicidas. Psiquiatras, psicólogos e outros profissionais de saúde mental oferecem acompanhamento especializado que pode salvar vidas.
Ao mesmo tempo, o apoio da família e da comunidade é indispensável. Criar ambientes onde a pessoa se sinta segura para falar sobre seus sentimentos é um dos maiores fatores de proteção contra o suicídio.
Canais de ajuda
No Brasil, há serviços gratuitos e acessíveis que oferecem escuta e acolhimento a pessoas em sofrimento.
- CVV – Centro de Valorização da Vida: atendimento sigiloso e gratuito pelo telefone 188, disponível 24 horas por dia, além de chat no site cvv.org.br.
- CAPS – Centros de Atenção Psicossocial: unidades espalhadas pelo país, que oferecem atendimento gratuito pelo SUS.
- Hospitais e postos de saúde: portas de entrada para atendimento emergencial e encaminhamento a especialistas.
Lembrando: procurar ajuda não é sinal de fraqueza, mas sim de coragem e cuidado com a vida.
Falar pode salvar vidas
O Setembro Amarelo não é apenas uma campanha de um mês, mas um convite para que a sociedade se mobilize durante todo o ano. Ao falar sobre o suicídio, combatemos o estigma, oferecemos apoio a quem sofre e fortalecemos as redes de cuidado.
Se você ou alguém próximo apresenta sinais de sofrimento, não hesite: procure ajuda. Ligue 188, busque atendimento no SUS ou converse com alguém de confiança. A vida é única, e sempre vale a pena ser vivida.
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