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Leishmaniose: o que é, como se transmite e quais são os exames mais indicados

Leishmaniose
Leishmaniose
Neste artigo, você vai entender o que é a leishmaniose, como se transmite, os principais tipos e sintomas, além dos exames diagnósticos e de rotina mais indicados.

A leishmaniose é uma doença que há décadas preocupa autoridades de saúde em diferentes partes do mundo, inclusive no Brasil.
Causada por protozoários do gênero Leishmania, ela é considerada uma zoonose, já que afeta tanto seres humanos quanto animais, especialmente os cães.

Seu impacto vai além do âmbito veterinário, pois a enfermidade pode ser grave em pessoas e, em alguns casos, até levar à morte quando não tratada de forma adequada.
A transmissão ocorre pela picada do mosquito-palha (ou birigui), e o diagnóstico precoce, feito por meio de exames laboratoriais, é essencial para confirmar a presença do parasita e garantir um tratamento rápido e eficaz.

Neste artigo, você vai entender o que é a leishmaniose, como se transmite, os principais tipos e sintomas, além dos exames diagnósticos e de rotina mais indicados.

O que é a leishmaniose?

A leishmaniose é uma doença infecciosa causada por protozoários do gênero Leishmania. Existem mais de 20 espécies diferentes capazes de infectar humanos, e cada uma pode estar associada a manifestações clínicas específicas.

No Brasil, as formas mais comuns são:

Ambas são classificadas pela OMS como doenças negligenciadas, pois afetam, em sua maioria, populações em situação de vulnerabilidade, com acesso limitado a serviços de saúde.

A gravidade da leishmaniose depende da espécie do protozoário, do sistema imunológico do paciente e da rapidez do diagnóstico e tratamento.

Como a leishmaniose se transmite

A transmissão da leishmaniose ocorre pela picada do mosquito-palha fêmea infectado.
Esse inseto, ao se alimentar do sangue de animais ou humanos, pode transmitir o protozoário presente em suas glândulas salivares.

Atenção: A doença não passa diretamente de pessoa para pessoa, nem pelo contato com cães doentes.
No entanto, os cães infectados são considerados importantes reservatórios e ajudam na manutenção do ciclo em áreas urbanas.

Principais fatores de risco para a transmissão

  • Presença de cães infectados na comunidade;
  • Acúmulo de lixo e matéria orgânica, que favorece o mosquito;
  • Regiões tropicais e subtropicais, com condições ideais para o vetor;
  • Desmatamento e ocupação desordenada, que aumentam o contato humano com os mosquitos.

Tipos de leishmaniose e sintomas

A doença pode se manifestar em formas clínicas diferentes, cada uma com sintomas e complicações particulares.

Leishmaniose visceral (calazar)

]É a forma mais grave. Afeta órgãos internos como fígado, baço e medula óssea.
Sintomas principais: febre prolongada, emagrecimento, fraqueza, aumento do abdômen e anemia. Sem tratamento, pode ser fatal.

Sintomas da leishmaniose visceral

  • Febre persistente;
  • Perda de peso acentuada;
  • Fadiga intensa;
  • Fígado e baço aumentados;
  • Anemia e infecções frequentes.

Leishmaniose cutânea

Compromete a pele, causando feridas ulceradas (geralmente indolores) no local da picada. Pode deixar cicatrizes permanentes.

Sintomas da leishmaniose cutânea

  • Feridas na pele (únicas ou múltiplas);
  • Lesões de bordas elevadas e avermelhadas;
  • Úlceras que não cicatrizam sozinhas.

Leishmaniose mucocutânea

Evolução da forma cutânea. O parasita atinge mucosas do nariz, boca e garganta, provocando destruição progressiva dos tecidos. Pode causar deformidades e comprometer respiração e alimentação.

Sintomas da leishmaniose mucocutânea

  • Congestão nasal constante;
  • Feridas em mucosas;
  • Dificuldade para respirar ou engolir.

Ao notar esses sinais, especialmente em regiões endêmicas, procure imediatamente um médico.

Exames mais indicados para diagnóstico da leishmaniose

O diagnóstico é desafiador, pois os sintomas podem se confundir com outras doenças. Os exames laboratoriais são fundamentais para confirmar.

Exames sorológicos

Exames parasitológicos

  • Aspiração de medula óssea: indicada para casos de leishmaniose visceral.
  • Exame de lesões cutâneas: coleta de material para observação microscópica.

Exames moleculares

Exames de rotina para quem já tem leishmaniose

Além do diagnóstico inicial, pacientes em tratamento ou com histórico da doença devem realizar exames de acompanhamento para monitorar a saúde geral:

  • Hemograma completo: avalia anemia e infecções secundárias;
  • Função hepática (TGO, TGP) e renal (ureia, creatinina): monitoram efeitos colaterais dos medicamentos;
  • Exames de imagem (ultrassonografia abdominal): acompanham fígado e baço;
  • Sorologias de controle: verificam resposta ao tratamento;
  • Avaliação clínica periódica: feita por médico infectologista ou clínico geral.

Esses exames permitem acompanhar a evolução do tratamento, prevenir complicações e ajustar a terapia quando necessário.

Tratamento da leishmaniose

O tratamento varia conforme o tipo e a gravidade da doença. É feito com medicamentos antiparasitários, como os derivados de antimoniais e a anfotericina B.
O acompanhamento médico é indispensável para avaliar o melhor esquema terapêutico.

Prevenção e controle da leishmaniose

A prevenção exige medidas individuais e coletivas:

Medidas individuais

  • Uso de repelentes;
  • Instalação de telas em portas e janelas;
  • Uso de mosquiteiros.

Medidas coletivas

  • Controle de cães infectados;
  • Limpeza de quintais e terrenos baldios;
  • Campanhas públicas de conscientização.

A leishmaniose é uma doença complexa, que envolve fatores ambientais, sociais e biológicos.
Saber identificar os sintomas, procurar atendimento médico rápido e realizar os exames diagnósticos e de rotina são passos fundamentais para evitar complicações.

A informação e a prevenção continuam sendo as maiores aliadas no combate à leishmaniose.

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