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Alergia alimentar: como diagnosticar a intolerância?

Alergia alimentar: como diagnosticar a intolerância?
Alergia alimentar: como diagnosticar a intolerância?
Descubra como identificar a alergia alimentar, quais exames ajudam no diagnóstico e quando buscar orientação médica. Entenda as diferenças entre alergia e intolerância e saiba como cuidar da sua saúde com segurança.

A alergia alimentar é uma condição que afeta milhões de pessoas no mundo todo e pode provocar reações graves e potencialmente fatais.

Porém, é comum que seja confundida com a intolerância alimentar, um problema que também causa desconfortos, mas envolve mecanismos completamente diferentes no organismo.

Saber distinguir uma da outra é fundamental para garantir um diagnóstico preciso e um tratamento eficaz.

Nos últimos anos, a busca por exames que ajudem a identificar alergias e intolerâncias cresceu significativamente. No entanto, nem todos os testes disponíveis no mercado têm base científica ou são recomendados por especialistas.

Por isso, compreender os sinais clínicos, as diferenças entre as duas condições e quais exames são realmente confiáveis é essencial para preservar a saúde e evitar riscos desnecessários.

O que é alergia alimentar?

A alergia alimentar é uma reação exagerada do sistema imunológico a proteínas presentes em determinados alimentos.

Quando a pessoa alérgica entra em contato com o alérgeno — seja pela ingestão, inalação ou até contato com a pele —, o corpo reage como se estivesse enfrentando uma ameaça, liberando substâncias químicas como a histamina.

Essa reação pode ser leve, moderada ou severa, dependendo do grau de sensibilidade do indivíduo.

Os sintomas podem surgir poucos minutos após o contato com o alimento ou levar algumas horas para aparecer.

Eles variam de manifestações cutâneas, como urticária e coceira, até sintomas respiratórios e gastrointestinais, como dificuldade para respirar, vômitos e diarreia.

Em casos graves, a alergia alimentar pode desencadear anafilaxia, uma reação potencialmente fatal que exige atendimento médico imediato.

O que é intolerância alimentar

A intolerância alimentar, por outro lado, não envolve o sistema imunológico.

Trata-se de uma dificuldade do organismo em digerir ou metabolizar determinadas substâncias presentes nos alimentos. O exemplo mais comum é a intolerância à lactose, causada pela deficiência da enzima lactase, responsável por quebrar o açúcar do leite.

Os sintomas da intolerância alimentar costumam ser mais brandos e limitados ao sistema digestivo, como inchaço abdominal, gases, cólicas e diarreia. Além disso, os sinais tendem a aparecer horas após a ingestão do alimento e não colocam a vida do paciente em risco imediato, ao contrário das reações alérgicas severas.

Principais diferenças entre alergia e intolerância alimentar

Embora possam causar desconforto, alergia e intolerância alimentar apresentam diferenças claras que ajudam na identificação do problema.

Reações do sistema imunológico

A principal diferença é que a alergia alimentar envolve uma resposta do sistema imunológico, enquanto a intolerância não.

Isso significa que na alergia, até pequenas quantidades do alimento podem desencadear reações graves, enquanto na intolerância a gravidade depende da quantidade consumida.

Tempo de aparecimento dos sintomas

Na alergia alimentar, os sintomas surgem rapidamente, geralmente minutos após a ingestão. Já na intolerância, os sinais podem aparecer de forma mais tardia, variando de algumas horas até dias.

Gravidade dos sintomas

Reações alérgicas podem ser fatais, especialmente na forma de um quadro chamado anafilaxia. A anafilaxia é uma reação alérgica grave e potencialmente fatal que pode ocorrer minutos após a exposição a um alérgeno, como alimentos, medicamentos, picadas de insetos e látex. É essencial procurar atendimento médico de emergência imediatamente se houver sintomas de anafilaxia, como dificuldade para respirar, inchaço do rosto ou da garganta e queda da pressão arterial

Quantidade necessária para reação

Em alergias, mesmo pequenas partículas do alimento podem provocar uma reação intensa. Na intolerância, geralmente é possível consumir pequenas quantidades sem apresentar sintomas significativos.

Sinais de alerta que exigem atenção médica

É importante procurar orientação médica sempre que surgirem sintomas após o consumo de alimentos, especialmente se houver dificuldade para respirar, inchaço nos lábios, língua ou garganta, queda de pressão arterial ou perda de consciência. Esses sinais podem indicar anafilaxia e exigem atendimento emergencial.

Exames confiáveis para alergia alimentar

O diagnóstico da alergia alimentar deve ser feito por um alergologista ou imunologista, com base na história clínica do paciente, nos sintomas apresentados e em testes específicos. Os exames mais confiáveis incluem:

Teste cutâneo (Prick Test)

É um dos métodos mais utilizados pelos especialistas. Pequenas quantidades do alérgeno são aplicadas na pele, geralmente no antebraço, e a reação é observada após cerca de 15 a 20 minutos. A presença de vermelhidão e inchaço indica sensibilidade ao alimento.

Exames de sangue (IgE Específica)

O exame de sangue mede os níveis de anticorpos IgE específicos para determinados alimentos. É indicado para complementar o diagnóstico e é especialmente útil em casos em que o teste cutâneo não pode ser realizado.

Teste de provocação oral

O teste de provocação oral é considerado o padrão-ouro para o diagnóstico de alergia alimentar, o teste de provocação oral consiste na ingestão controlada do alimento suspeito sob supervisão médica. É um exame seguro, mas deve ser realizado em ambiente hospitalar devido ao risco de reações graves.

Exames para intolerância alimentar

Para a intolerância alimentar, os exames variam de acordo com o tipo de substância que causa os sintomas. Os mais comuns são:

Teste de tolerância a lactose

O teste de tolerância a lactose avalia a capacidade do organismo de digerir a lactose. Geralmente, é feito após a ingestão de uma solução contendo lactose, com medição dos níveis de glicose no sangue.

Teste do hidrogênio expirado

Teste de hidrogênio expirado é utilizado para diagnosticar intolerância à lactose e outras formas de má absorção de carboidratos. O paciente ingere a substância suspeita e a quantidade de hidrogênio presente no ar expirado é medida.

Teste genético

Alguns tipos de intolerância, como a à lactose, podem ser confirmados por testes genéticos que identificam alterações nos genes responsáveis pela produção da lactase.

Exames não recomendados

Embora existam exames amplamente divulgados na internet e em algumas clínicas, muitos não têm comprovação científica e podem levar a diagnósticos errados.

Entre eles estão os testes de IgG para alimentos, biorressonância e análises capilares. A utilização desses métodos não é indicada por entidades médicas, como a Sociedade Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI).

Importância do diagnóstico preciso

Um diagnóstico incorreto pode resultar em restrições alimentares desnecessárias, deficiências nutricionais ou risco de reações graves por subestimar a alergia. Por isso, é essencial procurar um médico especializado e utilizar apenas exames reconhecidos por autoridades de saúde.

Prevenção e cuidados diários

Para quem já recebeu o diagnóstico de alergia alimentar, a principal forma de prevenção é evitar totalmente o contato com o alimento causador da reação.

Isso inclui ler rótulos de produtos industrializados e ter atenção em restaurantes e eventos sociais. Pessoas com risco de anafilaxia devem carregar sempre um autoinjetor de adrenalina.

No caso das intolerâncias alimentares, seguir a orientação de um nutricionista pode ajudar a encontrar alternativas seguras que mantenham o equilíbrio nutricional sem causar desconfortos.

Diferenciar alergia alimentar de intolerância é fundamental para garantir a saúde e evitar complicações graves.

Com a orientação médica adequada e o uso de exames confiáveis, é possível identificar corretamente o problema e adotar medidas eficazes para prevenir crises e manter a qualidade de vida.

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