A saúde masculina ainda é um tema cercado por tabus, especialmente quando envolve o cuidado com a próstata.
Muitos homens evitam consultas e exames de rotina por receio, vergonha ou simples descuido, o que pode atrasar o diagnóstico de doenças como a Hiperplasia Prostática Benigna (HPB).
Essa condição é comum com o avanço da idade e, quando não identificada precocemente, pode afetar significativamente a qualidade de vida.
Os exames de rotina desempenham papel essencial na detecção precoce da HPB, permitindo um tratamento menos invasivo e mais eficaz.
Entender quais exames são indicados, como funcionam e quando realizá-los é fundamental para manter a saúde em dia e evitar complicações que poderiam ser facilmente prevenidas.
O que é a Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) e por que é necessário diagnosticar a tempo?
A hiperplasia prostática benigna é o aumento não cancerígeno da próstata, uma glândula localizada abaixo da bexiga e à frente do reto. Sua principal função é produzir parte do líquido seminal, que nutre e transporta os espermatozoides.
Com o envelhecimento, é natural que a próstata cresça, mas em alguns homens esse aumento é excessivo, comprimindo a uretra e dificultando a passagem da urina.
A causa exata da HPB ainda não é totalmente compreendida, mas acredita-se que as alterações hormonais desempenhem papel fundamental. A diminuição da testosterona e o aumento relativo de estrogênio nos homens mais velhos podem estimular o crescimento das células prostáticas.
Fatores genéticos, obesidade, sedentarismo e alimentação rica em gorduras saturadas também aumentam o risco de desenvolvimento da condição.
Sintomas que indicam que algo pode estar errado
Os sinais da hiperplasia prostática benigna podem variar em intensidade, mas geralmente se relacionam ao trato urinário inferior. Os sintomas mais comuns incluem:
- Dificuldade para iniciar a micção;
- Jato urinário fraco ou interrompido;
- Necessidade de urinar com frequência, especialmente à noite (noctúria);
- Sensação de esvaziamento incompleto da bexiga;
- Urgência urinária e, em casos mais graves, incontinência.
Esses sintomas muitas vezes são confundidos com infecções urinárias ou com o próprio envelhecimento natural. Por isso, é essencial realizar exames de rotina, pois eles permitem diferenciar a HPB de outras condições mais graves, como o câncer de próstata.
Importância dos exames de rotina para homens
Os exames de rotina são fundamentais para detectar alterações silenciosas no organismo. No caso da saúde masculina, eles possibilitam identificar doenças em estágios iniciais, quando o tratamento é mais simples e as chances de cura são elevadas.
Mesmo homens que não apresentam sintomas devem adotar o hábito de fazer um check-up anual a partir dos 40 anos, especialmente se houver histórico familiar de doenças prostáticas.
A avaliação médica permite traçar um panorama completo do funcionamento do organismo, abrangendo aspectos cardiovasculares, metabólicos, hormonais e urológicos.
Principais exames que ajudam a detectar a Hiperplasia Prostática Benigna
Para diagnosticar a HPB com precisão, o médico urologista pode solicitar uma série de exames. Cada um deles contribui para avaliar o tamanho da próstata, o funcionamento do trato urinário e descartar outras doenças.
1. Toque retal
O toque retal é um dos exames mais conhecidos — e também um dos mais evitados. No entanto, trata-se de um procedimento rápido, seguro e extremamente importante. Por meio dele, o médico avalia o tamanho, a consistência e a presença de possíveis nódulos na próstata.
Apesar do desconforto, o exame é indolor e pode indicar sinais precoces de hiperplasia prostática benigna ou até de câncer. O toque retal deve ser realizado anualmente a partir dos 50 anos, ou dos 45 em casos de histórico familiar da doença.
2. Exame de PSA (Antígeno Prostático Específico)
O PSA é um exame de sangue que mede os níveis de uma proteína produzida pela próstata. Valores elevados podem indicar inflamações, infecções, hiperplasia prostática benigna ou câncer.
Embora o PSA isoladamente não confirme o diagnóstico, ele é um importante marcador para monitorar a saúde prostática. O resultado deve sempre ser interpretado junto com o toque retal e outros exames complementares.
3. Ultrassonografia pélvica ou transretal
A ultrassonografia é um método de imagem não invasivo que fornece informações detalhadas sobre o tamanho e a estrutura da próstata.
No caso da ultrassonografia transretal, o exame é realizado com uma pequena sonda introduzida no reto, o que permite imagens mais precisas.
Essa técnica auxilia o médico a identificar se há obstrução da uretra, avaliar o volume da próstata e acompanhar a resposta ao tratamento.
4. Exame de urina e urofluxometria
A urofluxometria mede a velocidade e a quantidade de urina eliminada, avaliando se há dificuldade no fluxo urinário — um dos principais sintomas da HPB. Já o exame de urina ajuda a descartar infecções que podem causar sintomas semelhantes.
Esses exames simples, quando combinados, fornecem uma visão completa sobre o funcionamento do trato urinário e ajudam a confirmar o diagnóstico de hiperplasia prostática benigna.
5. Exames complementares
Em alguns casos, o médico pode solicitar outros exames, como a dosagem de creatinina (para verificar a função renal) e o exame de resíduo pós-miccional, que mede a quantidade de urina que permanece na bexiga após urinar. Essas informações ajudam a avaliar se a HPB está comprometendo o funcionamento dos rins ou da bexiga.
Como é feito o diagnóstico da Hiperplasia Prostática Benigna?
O diagnóstico da HPB é clínico e laboratorial. O urologista considera o histórico do paciente, os sintomas relatados e os resultados dos exames físicos e de imagem.
É importante lembrar que nem todo aumento da próstata causa sintomas, e nem toda dificuldade urinária é sinônimo de HPB. Por isso, o diagnóstico deve ser criterioso, evitando confusões com infecções, prostatite ou câncer.
Após a confirmação, o médico define o tratamento mais adequado, que pode incluir medicamentos, mudanças no estilo de vida ou, em casos mais graves, cirurgia.
Prevenção e cuidados que fazem a Diferença
Embora a HPB esteja relacionada ao envelhecimento e fatores hormonais, algumas medidas podem reduzir o risco e melhorar a saúde do homem:
- Mantenha uma alimentação equilibrada: inclua frutas, verduras, legumes e grãos integrais, reduzindo o consumo de gordura animal e alimentos ultraprocessados.
- Pratique atividades físicas regularmente: o exercício ajuda a equilibrar os hormônios e melhorar a circulação sanguínea.
- Evite o consumo excessivo de álcool e cafeína: ambos podem irritar a bexiga e piorar os sintomas urinários.
- Não adie a ida ao banheiro: reter a urina por longos períodos sobrecarrega a bexiga e favorece infecções.
- Realize check-ups periódicos: consultas regulares com o urologista são a melhor forma de prevenir e detectar precocemente a hiperplasia prostática benigna.
Cuidar da próstata – melhor qualidade de vida
Manter os exames de rotina em dia é mais do que um gesto de prevenção — é um investimento na própria saúde e bem-estar.
Detectar a hiperplasia prostática benigna a tempo evita complicações urinárias, cirurgias desnecessárias e melhora a qualidade de vida do homem.
Superar o preconceito e adotar uma rotina de cuidados é o primeiro passo para envelhecer com saúde e tranquilidade.
Afinal, quanto mais cedo for feita a detecção, maiores são as chances de manter o funcionamento normal da próstata e garantir uma vida ativa e saudável por muito mais tempo.
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